Neste singelo artigo, gostaria de convidá-lo(a) a embarcar em uma viagem comigo. Se você aceitou o convite, a partir deste momento, iremos acompanhar a saga de um jovem adolescente, com seus 13 ou 14 anos, no ano de 1979. Escolhi o ano seguinte ao lançamento do disco para tentar emular o tempo que levava para as coisas chegarem aqui. É claro que esse jovem adolescente é simplesmente maluco por música, principalmente por Rock N’ Roll.

Ele abdica de prazeres momentâneos, como comer um doce, ir ao cinema e até mesmo lanchar na escola, a fim de que esse passeio não seja apenas para “dar uma olhada” e, assim, possa comprar um disco. No entanto, a escolha é uma loteria, pois ele não terá outra chance de comprar um novo álbum até o final do mês seguinte. Precisa ser certeiro!

O dia de comprar um disco novo finalmente chegou! Ele mal prestou atenção na aula e parece que a hora não passava. Passou o tempo imaginando o momento em que chegaria em casa e reuniria os amigos para ouvir sua mais nova aquisição. Ele cumprimenta o dono do estabelecimento, pois, embora seja muito jovem, é um “velho” conhecido da casa. Rapidamente ele se dirige às estantes de rock e, enquanto desliza os dedos pelas capas, procurando por algo que lhe chamasse a atenção, ouve a voz do dono da loja dizer, em tom de novidade: ‘Chegou um disco de uma banda nova… Van Halen!’. Ele logo encontra o disco, mas nunca ouviu falar a respeito dessa banda. Será que vale a pena arriscar um mês inteiro de economia e embarcar rumo ao “desconhecido”? Algo naquela capa chama sua atenção, e ele nem sabe dizer exatamente o que. Intrigado, decide que vai arriscar e levar o deput da banda de hard rock dos Estados Unidos para a casa.

O caminho para casa parecia mais longo que de costume. Não via a hora de dar lugar ao “desconhecido”. Chegando lá, correu direto para sua vitrola.

Não preciso dizer que a alma saiu do corpo e voltou logo na primeira audição. Era a mistura de perplexidade e alegria estapada no rosto de alguém que não estava entendendo o que estava rolando ali. “Essa guitarra, são duas pessoas?, “Só pode ser efeito de estúdio, ninguém conseguiria tocar dessa forma”. Sim, esses questionamentos foram muito comuns quando as pessoas ouviam Van Halen e percebiam que na guitarra havia algo que não era nada comum. Simples, era um extraterrestre no comando das seis cordas. Como não havia muita circulação de videoclipes na época, o espanto e as dúvidas ficavam no ar até que tivessem a oportunidade de vê-lo ao vivo. Claro que as atenções vão para a guitarra do Eddie, mas o que dizer de Alex Van Halen na batera, Michael Antony no baixo groovado e do showman David Lee Roth?

O que eu posso dizer é que esse disco é um clássico absoluto do início ao fim, incluindo os covers. Ele apresenta uma banda que deixaria seu nome na história e um guitarrista que seria o autor do novo testamento da guitarra, Eddie Van Valen.

Senhoras e senhores, Van Halen!!