Às vezes, fico pasmo diante do desserviço que algumas grandes rádios “roqueiras” prestam. Elas tentam fazer a audiência engolir o “trio sapatênis” (Coldplay, Imagine Dragons e Maroon 5) como referências do rock atual. Fala sério, qualquer curadoria, por mais porca que seja, não seria capaz de um papelão desse.

Eu posso afirmar que o rock atual vai muito bem, obrigado. Claro, longe da grande mídia, mas ainda assim produzindo bandas em escala industrial e de qualidade inquestionável. E tem para todos os gostos, viu?

Hoje quero conversar com você que gosta do rock dos anos 1970 e do Motorhead. Acredito vai se identificar muito com essa rapaziada do Colorado, EUA: o Love Gang. Banda formada em 2015, com apenas nove anos de estrada faz som de gente grande e traz consigo diversas referências super bacanas.

A faixa título do disco, “Meanstreak”, tem um riff pra lá de Motorhead. Chega até lembrar “No Class”. E a influência da banda do saudoso Lemmy Kilmster não para por ai. Reparem no visual do vocalista e guitarrista Kameron Wentworth (ao centro).

Mas nem só de Motorhead vive o Love Gang. Outras influências setentistas são facilmente encontradas durante a audição do álbum. Além disso, intencionalmente ou não, produzir um disco mais cru evidenciou ainda mais a fonte que eles beberam. Dá até pra achar que talvez essa seja uma daquelas bandas “perdidas” dos anos 70 e que algum garimpeiro musical resgatou do limbo e trouxe à superfície. Mas não, é o rock atual, visceral e potente, mostrando toda sua força.

As lendas podem estar nos deixando, mas o legado sempre permanecerá!

Menos rádios “rock” famosinhas e mais underground. Ouça Love Gang!