Imagine a loucura de formar uma banda em um ano e, no seguinte, estrear com um dos maiores discos da história do rock. Para tornar o feito ainda mais impressionante, a faixa de abertura é simplesmente o maior hit da banda.

Essa é a história de “Boston” (1976), o álbum autointitulado da banda liderada pelo multi-instrumentista e produtor Tom Scholz, que reuniu um time excepcional: Brad Delp (vocal), Barry Goudreau (guitarra base), Fran Sheehan (baixo), Sib Hashian (bateria) e Jim Masdea (bateria em “Rock N’ Roll Band”).

Mas nem tudo são flores. Com o lançamento de uma obra-prima, a pressão que a banda enfrenta para lançar outros trabalhos do mesmo nível é desumana. Sabemos que atingir o mesmo patamar de um disco assim é quase impossível. Claro, não é correto comparar trabalhos diferentes, pois cada um tem sua própria história. No entanto, as pessoas geralmente comparam mesmo, e às vezes de forma cruel.

Falando em pressão, que tal abrir o disco com “More Than a Feeling”? Para o Boston não mudou nada, até porque a sequência…

“Peace of Mind” é segunda faixa. Para muitos, é o segundo maior hit do Boston. Vocês estão tendo noção da grandiosidade desse álbum?

A terceira é a minha favorita disparado. Eu não sei explicar essa música, mas tudo nela é perfeito. O mais legal é que todos aqui perto de casa ouvem, gostando ou não. Pega:

Na minha opinião, o ponto alto do disco está nessa música, exatamente entre os minutos 4:00 e 4:12. Vale lembrar que esse momento é apenas o primeiro solo – e sim, temos três solos espetaculares! Não que o primeiro seja melhor, não; ele sequer é o mais longo, porém é o primeiro impacto, digamos assim. O segundo é apoteótico e o último fica mais escondido ali no final da música.

Depois disso, você poderia pensar que o disco acabou, certo? Afinal, não é possível ter mais músicas boas. Engano! Dois hits cheios de energia e com a cara do hard rock setentista vêm na sequência: “Rock & Roll Band” e “Smokin’”. A segunda traz teclados ao estilo Deep Purple em seus melhores momentos.

O disco traz ainda as incríveis “Hitch a Ride”, “Something About You” e a belíssima “Let Me Take You Home Tonight”.

Não vou prolongar ainda mais esta resenha. Este disco é tão cheio de nuances e boas histórias que tudo o que precisamos fazer é apreciá-lo. Cada audição nos oferece novas perspectivas. Aprecie este clássico absoluto sem moderação!

Link do Disco (Spotify):

0 0 votos
Avalie o disco

0 Comentários
Mais antigos
Mais recentes Mais votado
Feedbacks imbutidos
Visualizar todos comentários
plugins premium WordPress